Frutíferas

Fruto globoso de bom tamanho (c. 2,5 cm de diâmetro), com casca quase lisa e coloração passando do azulado ao violáceo, conforme a maturação (primeira imagem). Seu sabor é doce e muito apreciado pelas populações locais, que chamam a fruta de jabuticaba-de-vaqueiro ou jabuticaba-de-tabuleiro. A planta é um arbusto que geralmente não ultrapassa 2-3 m de altura (2a foto), sendo comum encontrar exemplares de 50-60 cm já frutificando. Seu tronco é inicialmente áspero (mudas jovens), tornando-se liso e marrom-avermelhado (3a foto) na maturação. Suas folhas possuem algumas semelhanças com a verdadeira guaquica (Myrciaria guaquiea), como por exemplo serem densamente pilosas na face inferior e por apresentarem as bordas voltadas para baixo. Entretanto, um exame mais detalhado revela importantes diferenças, tais como folhas opostas cruzadas, lâmina foliar jovem côncava (vs. convexa), nervuras salientes na face de cima etc.

Usos: Os frutos são saborosos e podem ser consumidos ao natural, além de utilizados na preparação de sucos e geleias. A planta possui potencial ornamental devido à beleza da folhagem e aos seus lindos frutos azulados.

Cultivo: Espécie muito rústica, deve ser cultivada a pleno sol, em substrato com boa drenagem. Excelente para o cultivo em vasos, começa a frutificar a partir de 50 cm de altura.

Origem: Região Nordeste, sobretudo na Chapada Diamantina. É encontrada em vegetação de cerrado, caatinga e floresta.

Família: Myrtaceae

Observações: Há muitos anos as coletas dessa espécie em seu habitat natural, conservadas em herbários (exsicatas), vêm sendo identificadas como Myrciaria guaquiea (ver ficha correspondente em nosso site), uma espécie endêmica do estado do Rio de Janeiro. É provável que a guaquica-azul (nativa do Nordeste) seja uma nova espécie, ainda sem classificação científica.